Tivemos os segundo e terceiro encontros do workshop. Deixemos aqui um trecho de texto criado por Paula Klaus Duarte resultado de exercício:
“Porque tanto barulho aqui? Não vejo as feições, me parecem apenas distorcidas sensações. Elas se agruparam meio a todo esse barulho e talvez por isso não as encaro. Como misturar-me aqui?
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O teu cuidado em contar passos vendou teus olhos, percebe os sons e denuncia serem gritos, será que não pode encarar os sorrisos, os vestidos sem explicação, e imaginar balões de festa? Temo que a festa e tanto barulho permanecem do lado de fora... a imagem distorcida é só falta de jeito pra olhar, agora.
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É quase um incômodo, uma labirintite que eu inventei por preferir não me misturar, não posso encará-los quando em festa.
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Fale baixo, eles estão se divertindo e podem notar nossa ausência... consegue ver os balões agora? Estão contidos, inflados de cólera.
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Quem consegue dançar com um passado inteiro atrás da orelha? Isso me parece puro fingimento.
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Seios estão mais a mostra que as feições, acho que isso é o que tarja e distorce e confunde... engoli algum pudor, talvez.
Fique quieta, mal posso enxergar até mesmo você, e todo esse barulho aqui”.
domingo, 3 de janeiro de 2010
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